Seguindo a pista de periodização de Claudia Gilman (2000) para caracterizar os “largos anos sessenta” como uma época marcada pela convulsão social e cultural, o artigo investiga em que medida a obra do poeta chileno Nicanor Parra (1914-2018) constitui-se, nesse mesmo período, através não da adesão imediata a essa convulsão, mas a seu contrapelo, fazendo do anacronismo uma ferramenta crítica de relação com o seu próprio tempo. Esse anacronismo, em Parra, traduz-se nas duas figuras centrais da sua obra em fins dos anos 1970: o cristianismo e a ecologia. Neste artigo, deixando de lado por ora a questão da poesia ecológica, investigam-se as relações entre a antipoesia de Parra e a tradição do discurso de pregação cristão, sobretudo no que se refere ao “estilo humilde” dos primeiros textos cristãos, tal qual identificado por Auerbach (2012), tanto em alguns dos primeiros antipoemas, ainda nos anos 1950 e 1960, quanto nos dois volumes dos sermões do Cristo de Elqui, de 1977 e 79, nos quais a figura do pregador assume papel central
Palabras clave:
Nicanor Parra, años 60, antipoesía, poder, libertad
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Cómo citar
Mostazo Lopes, J. G. (2020). O estilo humilde da antipoesia. Meridional. Revista Chilena De Estudios Latinoamericanos, (15), 99–126. https://doi.org/10.5354/0719-4862.2020.58631
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