in Revista de Psicología
Relação entre imagem corporal e estado nutricional de universitários
Resumo:
O objetivo do presente estudo foi avaliar a percepção e a satisfação da imagem corporal de universitários e sua associação com o estado nutricional. Estudo transversal, realizado com universitários de ambos os sexos, matriculados nos cursos de saúde, no município de Fortaleza, Ceará. Aplicou-se questionário com questões relativas ao sexo, idade, raça/cor da pele, renda familiar, prática de atividade física e avaliação da imagem. Foram aferidas medidas de peso, altura, circunferências da cintura e circunferência do quadril. A condição de peso foi classificada com base no Índice de Massa Corporal e Relação Cintura-Quadril. A imagem corporal foi investigada através da Escala de Silhuetas para Adultos e para a avaliação da distorção corporal, utilizou-se os valores do Índice de massa corporal “atual” e real. Utilizou-se os testes do Qui-quadrado de Pearson e a regressão de Poisson para avaliar as possíveis associações entre variáveis. Dos 388 universitários, 15,2% estavam satisfeitos com sua imagem corporal e 77,3% apresentou distorção da mesma. O excesso de peso e a obesidade abdominal estiveram associados tanto à distorção como à insatisfação com a imagem corporal. A insatisfação e a distorção da imagem corporal estão associadas ao estado nutricional dos universitários.
Introdução
A imagem corporal é construída pelo indivíduo por meio de um conjunto de sensações e experiências vivenciadas, desenvolve-se ao logo da vida e sofre influência das interações sociais (Paludo & Dalpubel, 2015). Na sociedade atual a busca pelo corpo ideal é algo crescente (Almeida & Baptista, 2016). O fato do corpo magro ser indicativo de saúde e beleza provoca sentimento de frustração aos que não conseguem alcançá-lo, tornando tais indivíduos mais propícios a apresentarem distorções na percepção da imagem corporal, a qual gera diminuição da autoestima diante do convívio social (Bandeira, Mendes, Cavalcante, & Arruda et al., 2016).
A insatisfação com o corpo está associada a depressão, ansiedade e comportamentos de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares (Gonçalves, Oliveira, Oliveira, Fernandes, & Filho, 2017). Ademais, sabe-se que a influência dos padrões midiáticos é crescente na construção da autoimagem, estando diretamente ligada à preocupação com o corpo e à adoção de práticas estéticas prejudiciais à saúde (Kardova, Machackova, & Smahel, 2020).
A escolha profissional também é identificada como influente sobre a imagem corporal (Cardoso et al., 2020). Estudos mostram que universitários da área da saúde apresentam-se insatisfeitos com sua imagem corporal, mesmo estando com peso adequado, confirmando assim a pressão exercida por certos cursos e profissões, os quais, aliados às perspectivas de um corpo bonito e saudável, podem favorecer distúrbios de imagem, no qual o estado nutricional é um dos principais fatores associados (Frank et al., 2016).
Estudos com universitários mostram que a maioria desta população apresenta estado nutricional dentro da faixa da normalidade, entretanto, quando analisamos o risco de desenvolvimento de transtornos alimentares em cursos da área da saúde, por exemplo, a distorção e insatisfação com a imagem corporal apresentam níveis elevados. Uma possível explicação desses achados é o fato dessa população se sentir mais cobrada quanto à magreza e achar que esse parâmetro pode agregar valor à sua vida profissional (Bento et al., 2016). Lopes et al. (2017) verificaram que universitárias da área de nutrição apresentaram impressão distorcida para o excesso de peso e que a insatisfação com a imagem corporal, em diferentes graus, foi prevalente, podendo ser fruto da pressão estética sofrida. Essa pressão pode aumentar o risco de desenvolvimento de transtornos alimentares e impactar o público que será atendido por tais profissionais futuramente. Sendo assim, este estudo tem como objetivo avaliar a percepção e a satisfação da imagem corporal de estudantes universitários da área da saúde e sua associação com o estado nutricional.
Métodos
Tipo e local de estudo
Estudo transversal, realizado com universitários de ambos os sexos, matriculados nos cursos de Ciências Biológicas, Enfermagem, Educação Física, Medicina e Nutrição, da Universidade Estadual do Ceará, no município de Fortaleza, Ceará. A pesquisa faz parte de um estudo maior intitulado: “Promoção de saúde na população jovem: qual o papel da Universidade?”.
População e amostra
A definição do tamanho da amostra deu-se a partir da recomendação de Cochran (1977) e a seleção dos participantes do estudo foi por conveniência. Para o cálculo do tamanho amostral considerou-se a prevalência de excesso de peso de 50% para maximizar o tamanho amostral (Medronho, Carvalho, Bloch, Luiz, & Werneck. 2009), intervalo de confiança de 95%, erro máximo de 5%, considerando taxa de não resposta de 20% e universo amostral de 1.490 alunos matriculados no primeiro semestre de 2018. Não foram considerados elegíveis estudantes que não estavam matriculados no período de coleta dos dados e aqueles que possuíam idade inferior a 18 anos. A amostra final incluiu 432 acadêmicos, que aceitaram participar após prévia assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Coleta e análise dos dados
Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2018 por entrevistadores previamente treinados, selecionados entre alunos de iniciação científica da área da saúde da própria universidade e não fizeram parte da amostra. A coleta de dados e a aferição das medidas antropométricas foram realizadas em ambiente reservado, climatizado e individualizado sem causar constrangimento aos participantes.
Aplicou-se questionário com questões sobre sexo, idade, raça/cor da pele, renda familiar, estado civil, curso e semestre, prática de atividade física e avaliação da imagem corporal. Para a análise a variáveis foram categorizadas em: raça (branca e não branca), idade (≤ 21 anos e > 21 anos), renda familiar (≤ 5 salários > 5 salários).
Foram aferidas medidas antropométricas de peso, altura, perímetro da cintura (PC) e perímetro do quadril (PQ) de acordo com as orientações do Ministério da Saúde (2011). A condição de peso foi avaliada com base no índice de massa corporal (IMC = peso/estatura2). O peso foi aferido em balança eletrônica e portátil marca Welmy® capacidade 150 kg. A estatura foi aferida com o auxílio de um estadiômetro portátil Alturexata®, com capacidade de 2,13 m e sensibilidade de 1,0 mm, com o indivíduo na posição de pé, ereto, descalço, encostado no centro do equipamento, com os braços estendidos ao longo do corpo, com a cabeça erguida, posicionado no plano de Frankfurt. O PC e o PQ foram aferidos com fita métrica inelástica Cescorf®, para o PC, circundou-se a fita no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca do entrevistado; e para o PQ, circundou-se a região de maior perímetro entre a cintura e a coxa.
A classificação do estado nutricional foi realizada com base no IMC e na relação cintura quadril (RCQ = PC/PQ) (WHO, 1998). Considerou-se excesso de peso o IMC ≥ 25 kg/m², e sem excesso de peso o IMC < 25,0 kg/m², enquanto a RCQ maior que 0,90 entre os homens e maior que 0,85 entre as mulheres indicou obesidade abdominal.
Para identificar o nível de atividade física dos indivíduos, aplicou-se o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) versão curta, validado para o Brasil (Matsudo et al., 2001) Para a análise estatística, os indivíduos foram categorizados em inativos (sedentários) e ativos (insuficientemente ativos A e B, ativos e muito ativos).
A imagem corporal foi investigada por meio da Escala de Silhuetas para Adultos (Kakeshita, Silva, Zanatta, & Almeida, 2009). Com base nas silhuetas, o entrevistado deveria responder numericamente às questões “Qual figura melhor representa seu corpo atual, como se vê hoje?” e “Qual figura melhor representa o corpo que você gostaria de ter?”. Posteriormente, cada indivíduo foi categorizado em uma das 15 silhuetas com base no seu IMC real (aferido pela equipe).
Para a avaliação da distorção corporal, utilizou-se os valores do IMC percebido (figura que representa o corpo atual), IMC desejado (figura que representa o corpo que gostaria de ter) e o IMC real (aferido pela equipe). Para a avaliação da percepção subjetiva do tamanho corporal, os indivíduos foram classificados de acordo com a diferença dos valores de IMC percebido (medida de distorção da imagem corporal) e o desejado (medida de insatisfação com a imagem corporal) com relação ao IMC real. Considerou-se que não houve distorção ou insatisfação da imagem corporal quando esta diferença foi igual a zero. O resultado negativo indicou que o indivíduo se percebe ou gostaria de ser menor que de fato é, enquanto um resultado positivo demonstra que o indivíduo se vé ou gostaria de ser maior que a realidade (Anton, Perri, & Riley, 2000). Para as análises os indivíduos foram dicotomizados em “com distorção” ou “sem distorção” e “satisfeitos” ou “insatisfeitos”.
Análises estatísticas
As variáveis numéricas foram descritas como média e desvio padrão e as categóricas como proporção (%). O teste do Qui-quadrado foi utilizado para avaliar a relação entre as variáveis sociodemográficas e a insatisfação/distorção com a imagem corporal. A Regressão de Poisson foi utilizada para estimar as razões de prevalência entre insatisfação/distorção com a imagem corporal e o excesso de peso e obesidade abdominal. Os modelos foram ajustados por idade e prática de atividade física. As análises foram realizadas no software Statistical Analysis System (SAS), considerando-se significância estatística de p < 0,05.
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, sob o parecer n° 2.171.536. A participação na pesquisa foi condicionada à assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Resultados
Foram entrevistados 388 estudantes com idades entre 18 e 60 anos (média = 21,0 anos; DP = 3,1). Destes, 64,7% eram do sexo feminino, 60,3% foram classificados como ativos, 32,2% apresentaram excesso de peso (homens 41% vs. 27,5% mulheres), 77,3% apresentaram distorção da imagem corporal, 33,5% desejavam ser maiores e 51,3% desejavam ser menores do que aparentavam ( tabela 1 ).
A insatisfação e a distorção da imagem corporal se associaram ao excesso de peso e a obesidade abdominal ( tabela 2 e tabela 3 ). A razão de prevalência de insatisfação corporal entre os homens com excesso de peso foi de 1,04 (IC95%: 0,90-1,20) em comparação aos estudantes sem excesso de peso, enquanto para os com obesidade abdominal foi 1,18 (IC95%: 1,10-1,28) em comparação aos não obesos. Em relação à distorção da imagem corporal, ao compararmos os indivíduos com e sem excesso de peso observamos uma razão de prevalência de 1,07 (IC95%: 0,89-1,28) e comparando-se os indivíduos com e sem obesidade abdominal encontramos uma razão de prevalência de 1,18 (IC95%: 0,94-1,48). A associação entre obesidade abdominal e insatisfação corporal se manteve após ajuste por idade e atividade física ( tabela 4 ).
Entre as mulheres, a razão de prevalência de insatisfação corporal e presença de excesso de peso foi de 1,19 (IC95%: 1,09-1,30) em comparação às sem excesso de peso, enquanto entre as com obesidade abdominal foi 1,15 (IC95%: 1,04-1,26) em comparação com as não obesas. A razão de prevalência entre distorção da imagem corporal e presença ou ausência de excesso de peso foi de 1,18 (IC95%: 1,04-1,34), enquanto entre distorção da imagem corporal e presença ou ausência de obesidade abdominal foi de 1,20 (IC95%: 1,05-1,36). Essas associações foram mantidas após o ajuste por idade e atividade física ( tabela 5 ).
Discussão
Observou-se, no presente estudo que a presença de excesso de peso ou obesidade abdominal aumentou a prevalência de insatisfação corporal e a prevalência de distorção da imagem corporal. Entre os homens, houve associação apenas entre obesidade abdominal e insatisfação corporal e entre as mulheres houve associação entre obesidade abdominal e excesso de peso tanto para insatisfação quanto para distorção da imagem corporal.
Indivíduos que possuíam excesso de peso ou obesidade abdominal apresentaram maiores prevalências de insatisfação e de distorção da imagem corporal. Esses achados são corroborados pelo estudo de Alves, Souza, Paiva e Teixeira (2017), que ao estudarem 1.265 acadêmicos, verificaram que 73,6% apresentaram-se insatisfeitos com o próprio corpo, sendo a maior proporção de insatisfação entre os estudantes com excesso de peso (52,3%), dos quais, a maioria era do gênero feminino. Estudos mostram que o excesso de peso constitui-se como fator desencadeante de distorção da imagem corporal (Vargas, Herrera Cantorani, Mauricio, & Annuniato, 2016), sendo frequente o relato de estudantes sobre insatisfação corporal e distorção da imagem (Florencio, Moreira, Silva, & Almeida, 2016).
Na presente pesquisa, verificou-se associação entre a obesidade abdominal e o excesso de peso tanto para a insatisfação como para a distorção da imagem corporal entre as mulheres. Este fator pode estar relacionado à maior parte da amostra ser composta pelo sexo feminino, no qual é comum o desejo de possuir silhueta menor que a atual, enquanto muitos homens, quando insatisfeitos, anseiam por uma silhueta maior do que a atual (Frank et al, 2016). Estudo desenvolvido em 26 academias do município de Pelotas, Rio Grande do Sul, observou que das 257 frequentadoras, 67,3% afirmaram que o principal motivo de praticar exercícios foi a estética e 63,8% tinham a intenção de fazer cirurgia plástica. Um fator que chama a atenção é que esses resultados também foram observados entre aquelas que se encontravam dentro da faixa de normalidade de IMC (Medeiros, Caputo, & Domingues, 2017). Wang, Liang, Ma, et al. (2018) ao pesquisarem 425 universitárias chinesas, verificaram que apenas 12,9% estavam satisfeitas com sua imagem e que elas apresentaram desejo de serem mais esbeltas, sendo este desejo correlacionado à autoestima e a emoções negativas, como depressão, solidão, estresse e ansiedade.
Em relação à obesidade abdominal, pode-se constatar que tanto entre os homens como entre as mulheres a associação com insatisfação corporal foi estatisticamente significante, o que pode ser devido ao fato da obesidade abdominal ser de mais fácil percepção dentre os que a detêm, sendo perceptível também para o sexo masculino (Andrade et al., 2017; Lima et al., 2018). Estudo realizado na Universidade Federal do Piauí, verificou que, dos 221 entrevistados com idade média de 18,3 anos (DP = 0,7), a obesidade abdominal esteve presente em 18% dos homens e 8% das mulheres. Notou-se que as médias de peso, altura e perímetro da cintura foram significativamente maiores no sexo masculino, entretanto, não foi encontrada diferenças estatísticas nas médias de IMC por sexo (Oliveira et al., 2019 ). Outros aspectos inerentes à vida acadêmica, como o estresse e hábitos alimentares não saudáveis são influenciadores do estado nutricional (Oliveira, Santos, Nascimento, & Santos, 2017), impactando o desenvolvimento de uma imagem corporal saudável, que é fundamental para o bem-estar social, emocional e físico dos indivíduos (Florencio et al., 2016 ).
Os resultados encontrados demonstraram que 84,8% dos universitários apresentaram insatisfação corporal e 77,3% distorção da imagem corporal, desejando, em sua maioria serem menores do que são. Esse fator pode estar relacionado ao fato de termos avaliado maior número de indivíduos do sexo feminino. Pesquisa realizada com 90 universitárias do curso de Nutrição da Universidade Federal do Piauí, verificou que 20% da amostra apresentou grave distorção de imagem. Observou também que 62,3% das alunas ingressantes e 82,2% das concluintes apresentaram insatisfação com a imagem corporal por apresentarem magreza ou excesso de peso (Lopes et al., 2017). Estudos mostram que as mulheres possuem maior tendência para distorção da imagem corporal (Carvalho, Nunes, Moraes, & Veiga, 2020). Uma das possíveis explicações para tais achados é o fato das mulheres apresentarem maior idealização de um corpo magro como estereótipo de beleza corporal (Souza & Alvarenga 2016), desejando possuir, quando insatisfeitas, uma silhueta menor que a atual, enquanto os homens, quando insatisfeitos, anseiam por uma silhueta maior. Esses achados demonstram a importância de trabalharmos a percepção da imagem corporal entre estudantes da área da saúde, visto que, como profissionais, poderão exercer influência sobre a percepção e os hábitos da população assistida (Moraes et al., 2016).
A prevalência de insatisfação com a imagem corporal é comumente encontrada entre universitários, e se relaciona a fatores como exposição à mídia e redes sociais (Ainett, Costa, & Sá, 2017; Frank et al., 2016; Souza & Alvarenga, 2016), bem como às maiores exigências estéticas inerentes a determinados cursos (Silva et al., 2016). Estudos mostram que o ingresso na universidade é uma fase de transição no padrão alimentar (Nogueira et al., 2018). Fatores como a grande carga de atividades acadêmicas, a substituição de refeições por lanches rápidos e o estabelecimento de novos comportamentos e relações sociais influenciam a distorção de imagem corporal nos universitários e geram impacto sobre o IMC (Marconato, Silva, & Frasson, 2016; Souza & Alvarenga, 2016). Esses achados reforçam a necessidade da conscientização para a adoção de uma alimentação saudável no ambiente universitário, bem como o incentivo à prática de exercício físico, sobretudo para estudantes com sobrepeso e obesidade (Lopes et al., 2017).
O delineamento transversal do estudo é uma limitação visto que não permite estabelecer relações de causa-efeito. Outra limitação foi o uso do IMC e da RCQ para detectar o estado nutricional dos participantes, devido ao fato de não distinguir composição corporal, não fazendo assim, distinção entre gordura e musculatura. Dessa forma, a ausência de associação entre insatisfação corporal e excesso de peso na amostra masculina, encontrada no presente estudo, pode ser decorrente dessa limitação inerente a essas duas medidas. Destacam-se como pontos fortes do presente estudo a importante relação entre estado nutricional e insatisfação e distorção da imagem corporal em universitários da área da saúde, contribuindo para compreensão da importância de se ampliar olhar sobre os fatores relacionados ao excesso de peso. A originalidade pelo fato de ter sido desenvolvido em estudantes dos cursos da área da saúde, pois serão os futuros profissionais que estarão lidando com essas condições, trazendo importante reflexão sobre mensagens de promoção da saúde da população. Uma vez que a temática sobre imagem corporal e sobre o papel de profissionais da saúde no estigma do peso e na necessidade de ampliar a atuação com ações mais humanizadas e voltadas para a subjetividade de cada indivíduo tem sido cada vez mais estudadas, esse trabalho tem grande potencial para citação. Além disso, esses resultados chamam atenção para a necessidade de se ter um olhar sobre a saúde dos trabalhadores de saúde e destacar a importância do seu cuidado desde a formação, inclusive para evitar o viés do peso na prática clínica (Zaroubi, Samaan, & Alberga, 2021).
A presença de excesso de peso ou obesidade abdominal aumentou as prevalências de insatisfação e distorção da imagem corporal. Independentemente da idade e da prática de atividade física, as prevalências foram maiores nas mulheres com excesso de peso. Novos estudos devem ser desenvolvidos, com delineamento longitudinal de forma a acompanhar a evolução das percepções relacionadas ao peso corporal e outros fatores associados, como comportamentos alimentares e de estilo de vida, além do próprio peso desses estudantes ao longo da formação acadêmica.
A presença de excesso de peso ou obesidade abdominal aumentou as prevalências de insatisfação e distorção da imagem corporal. Independentemente da idade e da prática de atividade física, as prevalências foram maiores nas mulheres com excesso de peso. Novos estudos devem ser desenvolvidos com o público feminino, a fim de investigar os aspectos relacionados à imagem corporal, para que novas estratégias promotoras de saúde sejam desenvolvidas.
Resumo:
Introdução
Métodos
Tipo e local de estudo
População e amostra
Coleta e análise dos dados
Análises estatísticas
Resultados
Discussão